Valores – Parte 2 de 4

Valores

Parte 2 de 4

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Essência

Cheiros e óleos à parte. A essência é aquilo que há de mais puro. Existir. Ser. 

Pode ser uma energia catalisadora da nossa missão, dos nossos valores. Pode ser ser-se genuíno, autêntico.  

Nas marcas poderemos considerar a essência de uma marca aquilo que essa marca faz de melhor. Aquilo que a distingue na génese de todas as outras. A essência é o principio activo de cada marca. 

Personalidade

Personalidades, várias, diversas e cada um com a sua. 

Irão algumas destas nossas personalidades chocar, irão outras entediar, irão outras espantar e outras terão nada a acrescentar. 

Cada um é como é. Cada um com a sua própria personalidade, cada um as suas características que o tornam em alguém especial ou em alguém detestável. 

O mesmo principio se aplica às marcas que consumimos todos os dias. Assim se faz o mundo do marketing, o mundo em que vivemos.

Consumimos marcas porque “vão de encontro com a nossa personalidade”. Consumimos marcas porque “nos identificamos” com elas. Lá está, são marcas com características próprias, são “humanizadas” para serem mais “adequadas” à nossa pessoa. Isso é o excelente trabalho realizado pelos profissionais do marketing. 

Portanto, cada um com a sua, que eu cá fico com a minha…personalidade. 

Direitos e Deveres

Não sendo valores pessoais, para mim são valores humanitários, globais, comuns a todos os seres humanos no planeta.

Todos nós temos direitos e todos nós temos deveres.

Quando o teu direito entra em conflito com a liberdade do outro, deixa de ser um direito. 

Quando o teu dever é imposto pelo que “sempre se fez assim” e ninguém questiona é porque vai contra o teu direito, vai contra a tua liberdade. 

Todos temos direitos e todos temos deveres, todos temos e devemos de ter consciência, para que direitos e deveres não entrem em conflito com a liberdade do “outro”. Caso contrário, não estaríamos num estado de direito democrático. Estaríamos numa ditadura. 

No mundo do marketing, todos temos direito a existir. Neste mundo, todos temos o dever à ética, ao respeito e ao humanismo. Como nem todos têm consciência, alguns agem como que inconsciente, outros propositadamente e acabam por criar o mal no mundo. Quero deixar  aqui o meu apelo, ao que prezo sempre como pessoa e profissional: o respeito aos direitos e aos deveres comuns a todos os seres humanos. 

Caros colegas, peço um pouco mais de humanismo. 

Obrigada. 

Carisma

Nem todos têm carisma. É verdade. É mesmo assim. E não têm mal nenhum. Cada um é como é. 

No entanto, aqueles que são carismáticos são aqueles que nos levam a fazer a diferença, são aqueles que criam a diferença no mundo.

Ser carismático não é para todos. Alguns não seriam capazes de suportar as consequências que os carismáticos acarretam por levarem a sua missão, os seus valores aonde eles acham que devem de chegar. 

Ser carismático por vezes é “ser um fora da lei”, fazer asneiras, quebrar padrões, chocar pessoas. 

No mercado consumista em que vivemos, poder-se-ão contar pelos dedos das mãos o número de marcas/empresas que são carismáticas, que são diferentes das “outras” desde a sua génese. 

Isto de ser carismático não acontece porque o mercado não está preparado, a economia não está preparada, as pessoas na sua globalidade não estão preparadas. Porque o que é importante é no final do mês sabe bem receber o ordenado certinho. Fazer a diferença qual quê? Não interessa. Se interessasse não acham que haveria muitas mais marcas e muitas mais empresas a fazer a diferença no mundo? 

Não interessa economicamente. Ponto. 

Não há campanha de marketing que resulte se não existir uma mudança profunda, plena e urgente na mudança do mindset empresarial. 

Dedicação

Alguns não saberão o que é a dedicação. Na realidade alguns de vós nunca precisaram de se dedicar a nada. As coisas acontecem e pronto. 

Mas à todos os outros. Todos os outros que se dedicam de corpo e alma. Os outros que se dedicam com tudo aquilo que têm e com o que não têm. 

Dedicação é algo que se têm quando sentimos que estamos na mó de baixo e vamos trabalhar. Dedicação é quando achamos que devemos de jogar a toalha ao chão e dizer basta, mas continuamos porque há algo maior no final de um dia mau, de uma semana má ou de um mês mau. 

Dedicação é quando temos dois trabalhos, um que nos paga o que comemos, o que vestimos e o tecto onde vivemos e ainda assim nos dedicamos àquilo que gostamos. 

Dedicação é dar tudo quando não se tem nada. 

Dedicação é para os que trabalham todos os dias, para os que lutam pelos outros, pelos seus sonhos. Dedicação é para os ambiciosos, para os que não desistem aos primeiros embates. Dedicação é para os lutadores desta vida. 

Não há nenhuma marca/empresa que se dedique aos trabalhadores como há trabalhadores que se dedicam a uma marca/empresa. E são esses, esse vosso trabalhadores que se dedicam e que fazem a diferença na vossa marca/empresa. 

Nunca se esqueçam que não há marcas, não há empresas. Somos todos pessoas. 

Empenho

Empenho é quando damos tudo aquilo que temos e não temos. Eu sei… está parecido com a dedicação. Na realidade empenho e dedicação são sinergias. Sem uma não há a outra. Sem empenho não há dedicação e sem dedicação não há empenho. 

Ora, do que me serviria eu ser empenhada em algo e não ser dedicada? É o mesmo que comer meio bolo porque a metade a mais engorda. Como se comer metade de um bolo não engordasse na mesma. Estranho não é? 

Muitas pessoas se empenham em realizar algo. Mas o empenho é algo momentâneo ou até mesmo, de pouca dura. Empenho é para mim, aquele esforço extra. Aquilo que se acrescenta à dedicação. 

Empenho é aquele micro-objectivo para atingir aquele objectivo. 

Há muitas marcas/empresas empenhadas a fazer a diferença no mundo, porém nem todas conseguem. Nem todas se dedicam para que tais mudanças aconteça. 

Empenham-se em mudar, empenham-se em fazer diferente. Mas nem todas chegam lá. Nem todas estão “realmente” interessadas em serem diferentes. 

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